O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra do Esporte, Ana Moser, receberam o presidente da Agência Mundial Antidopagem (WADA, na sigla em inglês), Witold Bańka, nesta terça-feira (07.02), em Brasília. A visita de cortesia teve o objetivo de fortalecer as relações entre o Brasil e a entidade em prol da integridade e do jogo limpo no esporte.
“O presidente Lula tem uma expectativa de que a gente faça no Ministério do Esporte coisas novas. Então, a gente tem também essa pauta da dopagem que é muito importante. Essas questões em relação à WADA são questões de compromissos internacionais, que a gente tem uma urgência de nos conectarmos”, frisou Ana Moser.
Durante o encontro, Witold Bańka destacou que o Brasil tem potencial para ser referência mundial e para os países ibero-americanos. Além disso, o presidente da WADA destacou que o esporte consegue unir as pessoas, construir emoções positivas, mas apenas o esporte sem dopagem e sem corrupção.
“O objetivo da minha visita ao Brasil foi pensar o que podemos fazer a mais, como podemos contribuir mais. O Brasil é uma grande nação esportiva, com muitas conquistas e sucessos no esporte. Sabemos que o Brasil tem um importante papel não apenas no continente, mas no mundo, nas ações contra a dopagem”, disse.
Durante as reuniões, foram discutidas ações conjuntas com o objetivo de atender os atletas brasileiros e do continente americano. “Discutimos alguns projetos conjuntos em educação para a saúde, além de parcerias. Acho que o Brasil pode ajudar regiões menos desenvolvidas, países menos desenvolvidos na luta contra a dopagem no esporte”, completou o polonês Witold Bańka.
A WADA é uma organização independente, criada por iniciativa coletiva e liderada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Ela abrange 191 países e tem mais de 700 signatários, entre confederações esportivas, associações e entidades organizadoras de eventos. A governança e o financiamento são baseados em parceria igualitária entre o Movimento Esportivo e governos de todo o mundo.
“A colaboração com governos é a chave para o sucesso da WADA. Sem a colaboração dos governos, não conseguimos cumprir nossos objetivos. Hoje, o controle de dopagem é muito mais equipado. Conseguimos sancionar países. Conseguimos acionar investigadores. Colaboramos com a Interpol (Polícia Internacional) e entidades similares em diferentes países”, explicou o presidente da Agência.
A necessidade de reforçar o orçamento e a quantidade de exames realizados no Brasil também foram discutidos. “A política de dopagem é umas das questões que estão presentes no esporte brasileiro e o governo brasileiro e o Ministério do Esporte têm a responsabilidade de conduzir”, acrescentou Ana Moser.