Fernando Trabach Filho, administrador de empresas, destaca que a relação entre poluição atmosférica e combustíveis se tornou um dos principais desafios para a sustentabilidade urbana. Com a expansão das áreas urbanas e o aumento do número de veículos, os centros urbanos enfrentam crescentes níveis de emissões de gases poluentes, que impactam diretamente a saúde da população e a qualidade de vida. Identificar alternativas viáveis de abastecimento energético é um passo essencial para reduzir os danos ambientais sem comprometer a mobilidade.
Poluição atmosférica e combustíveis: uma combinação insustentável
A poluição atmosférica e os combustíveis fósseis estão intrinsecamente ligados nas grandes cidades. A queima de gasolina, diesel e outros derivados de petróleo é responsável por uma parcela significativa das emissões de dióxido de carbono (CO₂), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado. Esses poluentes afetam diretamente a saúde respiratória da população e contribuem para o agravamento das mudanças climáticas.

Segundo Fernando Trabach Filho, a permanência desse modelo de abastecimento urbano torna insustentável o crescimento das cidades. Sem uma transição para fontes energéticas mais limpas, os centros urbanos continuarão enfrentando episódios de baixa qualidade do ar, aumento das internações hospitalares e prejuízos econômicos decorrentes da perda de produtividade.
Alternativas energéticas mais limpas e acessíveis
Diante desse cenário, diversas alternativas vêm sendo adotadas ou estudadas para substituir os combustíveis convencionais por opções menos poluentes. Entre elas, os veículos elétricos ganham destaque, principalmente pelo fato de não emitirem poluentes diretamente durante o uso. O avanço da tecnologia de baterias e a ampliação da rede de recarga têm acelerado a adoção desses modelos em frotas urbanas e particulares.
Outra solução viável são os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel. O Brasil, por exemplo, já utiliza etanol de cana-de-açúcar em larga escala, o que permite uma redução significativa das emissões de gases poluentes. Fernando Trabach Filho ressalta que, com investimentos em pesquisa e incentivo à inovação, é possível ampliar o uso de biocombustíveis avançados e explorar matérias-primas sustentáveis ainda pouco aproveitadas.
Transporte coletivo sustentável e mobilidade ativa
Reduzir a poluição atmosférica também passa por repensar a lógica da mobilidade urbana. Priorizar o transporte coletivo eficiente, de baixa emissão, como ônibus elétricos ou movidos a gás natural, contribui diretamente para a diminuição da circulação de veículos individuais e, consequentemente, da emissão de poluentes.
Além disso, estimular a mobilidade ativa — como o uso de bicicletas e caminhadas — reduz a demanda por combustíveis e melhora os indicadores de saúde pública. A criação de ciclovias, calçadas seguras e integração entre modais é uma estratégia adotada por diversas cidades ao redor do mundo com resultados positivos.
Políticas públicas e incentivos regulatórios
A mudança no padrão de consumo energético urbano depende também de políticas públicas consistentes. É necessário estabelecer metas de redução de emissões, criar programas de incentivo à substituição de frotas e oferecer linhas de crédito acessíveis para empresas e cidadãos que optem por soluções sustentáveis.
De acordo com Fernando Trabach Filho, a adoção de padrões regulatórios mais rígidos, como os limites de emissão veicular, e o estímulo à produção nacional de tecnologias limpas são passos fundamentais para a viabilização de alternativas energéticas nas cidades brasileiras. Ele ressalta que planejamento urbano e vontade política são determinantes para tornar essa transição possível.
Considerações finais
A relação entre poluição atmosférica e combustíveis precisa ser revista com urgência para garantir cidades mais saudáveis, eficientes e sustentáveis. Os impactos ambientais e sanitários decorrentes do atual modelo são insustentáveis no médio e longo prazo. Felizmente, existem alternativas viáveis que podem ser implementadas com o apoio de políticas públicas, investimentos privados e mudanças culturais na forma como nos movemos. O futuro das cidades passa necessariamente por um novo modelo energético, pautado pela inovação, responsabilidade ambiental e melhoria da qualidade de vida da população urbana.
Autor: Kinasta Balder